Insustentável Dualidade da Vida

Aplausos, aplausos
Muitos aplausos,
Fecham-se as cortinas.
Os aplausos somem no ar
Sai de cena o artista
A vida real recomeça.

Ando pelas ruas movimentadas
Passo pelos bares lotados
Milhares de pessoas ao meu redor
E eu dentro de minha solidão
Em nenhum daqueles rostos
Encontro quem procuro
Sento em uma mesa qualquer
Procuro esquecer de mim.

Alegro-me ao pensar que amanhã
Quando novamente abrirem-se as cortinas
Terei aplausos e serei feliz,
Sempre a espera de ver-te
Sentada na primeira fila.

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