As duas violências


Carlos Giovani Delevati Pasini

Existem dois tipos de violência no mundo: a explícita e a implícita. A primeira, ameaçadora à existência física, surge devido às necessidades materiais (ganância), de sobrevivência (fome, frio etc) e como fonte de recursos para obter drogas (crack etc). É constatada em furtos, brigas, assassinatos e outras ocorrências. É um tipo de agressão de fora para dentro. A outra violência é a pior, miúda em percepção e imensa em danos. Está escondida em atitudes cínicas, fofocas ofensivas e em outras reações negativas, que visam o fracasso alheio.

Hoje, na era dos pós-internáuticos, se tornou comum, com traços destrutivos, fazendo parte dos relacionamentos interpessoais, quase atingindo a genética humana. É um modo de agressão de dentro para fora. O mundo (e Santiago) padece com essas formas de violência. O que fazer? De fora para dentro, só nos resta torcer que a selva de pedra em que vivemos seja sorteada com atitudes milagrosas, ou no mínimo inteligentes, de nossos governantes. Nesse caso, sugere-se o investimento em educação.

De dentro para fora, cabe o repensar as próprias atitudes, rever os erros e (auto)criticar a postura pejorativa que por vezes está em nossa conduta. Nesse ponto cabe um autoinvestimento em reeducação. Só assim passaremos a interferir neste mundo caótico, do mais perto para o mais afastado e, talvez, o futuro de nossos netos se torne tão saudável quanto o dos nossos avôs, onde o bigode era sinônimo de responsabilidade e honra.

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